quinta-feira, 5 de abril de 2012

Ver Vendo ზ


De tanto ver, a gente banaliza o olhar; 
Vê...não vendo. 
Experimente
 ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver. 
Parece fácil, mas não é;
 
O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta
 curiosidade. 
O campo visual da nossa retina é como um vazio.
 
Você sai todos os dias, pela mesma porta...
 
Se alguém lhe perguntar o que vê no
 caminho, você não sabe. 
O hábito suja os olhos e baixa a voltagem.
Mas há sempre o que ver: Gente, coisas, bichos.
 
E vemos? Não, não vemos.
 
Uma criança vê o que um adulto não vê.
 
Tem olhos atentos e limpos para o
 espetáculo do mundo. 
O
 poeta é capaz de de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê. 
Há pai que raramente vê o próprio filho.
 
Marido que nunca viu a própria esposa.
 

Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. ...
É por aí que se instala o "monstro da indiferênça".

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